sábado, 21 de fevereiro de 2009

3 Meses de USA

Não posso mentir que estava um pouco desestimulado a escrever aqui neste blog, não que eu não goste de escrever e contar para vcs minhas experiências mirabolantes por aqui. Mas é que de uns tempos para cá as rotinas e mesmices, que juntando com minha preguiça, tinham até me feito desistir de escrever neste espaço aqui.

Bom, mas depois de algumas pessoas (muito especiais diga-se de passagem) me cobrarem, pedindo para que voltasse a colocar meus dedos na ativa (no bom sentido é claro), aqui estou eu para tentar colocar vocês a parte do que vem acontecendo na minha vida nestas terras americanas.

São três horas da manhã do dia 21 de fevereiro de 2009 e o que estava na minha cabeça era exatamente o que escrever aqui? Poxa, estava pensando, tem exatamente três meses e 8 dias que estou em solo americano, eu devo ter alguma coisa para contar, preciso ter.

Estava fazendo um resumo destes três meses. Poxa, três meses que se passaram e eu nem vi. Fazendo uma análise deste curto-grande espaço de tempo eu pude perceber quantas coisas aconteceram e eu nem tinha me tocado.

Primeiro de tudo é que hoje por incrível que pareça eu consigo trocar uma idéia com americanos. É claro que tem muita coisa que passa e vai no contexto mesmo, mas o diálogo já esta saindo, já consegui até alugar americana em balada americana (a redundância foi proposital, ehehhe). Estes dias para trás, meu brother aqui o Renato até falou: Murilo, a gente ta falando inglês, vc já percebeu? Falamos errado, travamos em alguma coisa mas a comunicação acontece!! E eu pensei, puxa, é verdade, até ligação para reclamar do meu celular eu já fiz e a menina me entendeu. Bacanaaaaa!!!

Outra coisa muito massa que aconteceu por esses tempos e eu nem tinha percebido foi o tanto que meu leque de amizades cresceu. Vivendo em terras americanas eu conheci um monte de brasileiros, e muitos, muito gente boa, pessoas de diferentes lugares do Brasil, com diferentes estilos, mas que eu tive uma grande aproximidade. Que bacana!!!

E um grande fator que é altamente relevante, é o aspecto by myself, este mesmo, o interiorzão, o Murilo por dentro. Como mudei, como passei a perceber a vida de uma maneira diferente. Como passei a valorizar pequenas coisas ou até mesmo valorizar grandes coisas que antes não tinham o merecido respeito. Como percebi que minha família, amigos, colegas, todos que me rodeiam, são importantes para mim, são pessoas que me completam, que dão um verdadeiro significado para minha vida. Que loucura, digo de novo, que bacana. Eu cresci e nem percebi. Mas realmente, eu cresci!!!

E junto com todo esse mix de fatos ai, vale também ressaltar a experiência de morar longe do meu país de origem, de fazer amizades diferentes, de conhecer uma cultura diferente, de conviver com pessoas diferentes, de sentir sentimentos nunca sentido antes, de nascer um outro Murilo para “completar”um Murilo já existente!!! Realmente, todos esses fatos vão fazer parte do livro da minha vida e provavelmente terá o título: A momento em que o Murilo realmente cresceu (... e completo, mudou... para melhor) =) A começar pelo visual, confiram o novo style, ehhehee.


Eu nunca pude entender porque o fator de estar longe da minha vida REAL meche tanto comigo. Mas afirmo, como meche! Aqui parece ser um “sonho”, um sonho hard, mas não deixa de ser um sonho, pois tudo que vivo parece (e com certeza) uma hora vai acabar. Os brasileiros que conheci e fiz amizades, quase todos já se foram, os meus roommates também já estão indo, os locais que freqüentava como Pine Aire Motel (local dos brasileiros) quase já não tem brasileiros mais, a cidade que antes tinha neve e muito frio, quase já não esta tendo esse frio mais. O sonho para muitos já acabou, para mim ainda continua, agora a questão é até quando, e como será? Eis a questão.

A verdade é que a segunda etapa do sonho já esta começando a ser escrita, outra realidade está vindo, com novas mudanças, com novas pessoas, com novos lugares.
Meu contrato com o Subway está acabando, mas pretendo renovar, apesar de não ter sido a melhor das melhores experiências, para minha carreira profissional e para aquilo que eu quero ser quando “crescer” está sendo muito importante.

Vou mudar de casa, vou morar com novas pessoas, com outro roommate, com novas divisões, uma nova experiência.

Uma outra questão que também estava bem relevante era... mudar ou não mudar de cidade, essa era uma grande questão. Madison estava na minha cabeça o tempo todo. Amei aquela cidade. Depois da primeira visita tive o prazer de voltar lá algumas vezes para conhecer a vida noturna e digo, que vida noturna, meus amigos que me perdoem, posso até chegar a comparar com a minha incomparável Goiânia. Madison, que cidade, que lugares, que pessoas, que vida. Digo e repito, nunca tive vontade de ficar neste EUA, mas depois que conheci Madison, não posso mentir que senti vontade de ficar e desfrutar deste american life style por um bom tempo, nunca pensei em o resto da vida, pois isso é muito forte, mas passou pela minha cabeça por um bom tempo, mas por um bom tempo mesmo. Mas isso é algo que apenas passou, como um mosquito, te atormenta um pouco e depois vai embora. E agora, já foi... =)
Mas não vou mudar para Madison e nem ficar aqui muito tempo e muito menos o resto da minha vida, a minha passagem por terras americanas por enquanto ainda segue o plano A, voltar para o Brasil em 2010. E também não vou mudar para Madison porque as oportunidades em Dells são gigantescas, apesar de ser uma cidade pequena.

Parece engraçado, mas todas as pessoas que conheço, que até fiquei amigo, que as vezes cheguei a trocar confidências, são pessoas que tem uma possibilidade enorme de eu nunca mais ver em toda a minha vida. São pessoas que se tornaram meus “melhores amigos” por segundos e quando eu menos percebi, meu melhor amigo ta voltando para a realidade dele e a probabilidade de eu voltar a vê-lo é quase zero. Quando digo isso, posso até incluir os brasileiros, mas me refiro principalmente ao cara gente boa que trabalha no boliche e é da Turquia, e também aquele outro que você encontra em todas as baladas, troca a maior idéia e ele é do Equador, além de incluir também aquele seu roommate que é do Chile, fora a menina da Argentina, a bonitinha da Rússia, a estranha do Egito e assim vai. Todos esses e muitos outros são pessoas que passaram pela minha vida, nos tornamos “melhores amigos” e provavelmente eu nunca mais vou encontrá-los pelo RESTO DA MINHA VIDA. Louco isso não! Muito louco.

É difícil, como fazer um resumo destes três meses em apenas poucas linhas, eu acredito que precisaria de um livro inteiro para contar tudo, desde o primeiro tombo até o último choro. A mistura de razão x emoção, sonho x realidade, querer x poder, paciência x respeito, etc, etc, etc, são coisas que se confrontam o tempo todo e o resultado é isto que venho experienciado.

Mas concluindo o resumo irresumível, me sinto feliz, me sinto bem, me sinto diferente, me sinto alegre, sinto mudanças, sinto melhoras, sinto saudades, muitas saudades do Brasil, mas também as vezes sinto medo de acordar deste “sonho”, pois hoje é um sonho prazeroso. Como será o depois? Como será o amanhã? Alguém tem essa resposta para mim?

Sonho Lúcido, será que alguém quer acordar dele???

Grande abraço a todos!!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Madison - Capital de Wisconsin

Domingo, 04 de Janeiro de 2009, estava na sala Bruno, Milton e eu discutindo o que iríamos fazer na segunda feira, pois era um dia em comum para os três, aliás, nós tinhamos dois fatores em comum, o primeiro é que os três tinham Day Off e o segundo é que os três estavam brigados com a Valéria e ninguém queria ver a cara dela no outro dia, auhauhauhuahaua. Resumindo a história, a viagem para Madison estava marcada, segunda-feira, as 08:30 nós iríamos estar pegando a estrada rumo a Madison, capital de Wisconsin.

No outro dia, como bons brasileiros que somos, acordamos atrasados e já era 08:30 quando acordamos, ou seja, toda a programação de horário já estava comprometida, hehehhe, mas isso era algo óbvio quer íria acontecer, afinal de contas, brasileiro que é brasileiro não chega no horário nunca, uahauhauhuahah.

Bom, conseguimos sair de casa as 10:00, 01:30 depois do previsto, mas tudo bem, não seria isso que iria estragar a nossa viagem. Porém, para honrar a nossa naturalidade, a gente ainda tinha que abastecer, checar os pneus, essas coisas habituais que a gente sempre deixa para última hora e aqui não seria diferente.

Fomos para o posto de gasolina e pela primeira vez nosso carro iria ver um tanque cheio, gente, vocês não imaginam a emoção que a gente estava em encher o tanque daquele carro. Porém, como vontade de brasileiro dura pouco, é claro que a nossa só ficou na vontade, pois de uma coisa eu tenho certeza, encher um tanque de gasolina aqui é mais difícil do que fazer um curso de engenharia, porque não tem lógica, como pode ser tão difícil encher um tanque de gasolina (aqui não tem frentista, então somos nós mesmos que precisamos fazer o serviço pesado), num frio danado, é uma luta terrível: minha mão começa a congelar, a orelha do Milton pedra, o Bruno perde o seu nariz, a gente não sabe quando para de apertar aquele gatilho da bomba, o medo da gasolina supitar na nossa roupa é gigante e assim a gente vai pelejando para colocar gasolina no nosso Mexican Car, resumo da ópera: a gente colocou um tanto que a gente achava que cabia e seria o que Deus quiser. E assim fomos nós.



Tanque cheio, pneus revisados, simbora pegar estrada. Poxa, mas a gente tinha esquecido de um pequeno detalhe, só escutei uma pergunta coletiva dentro do carro: “Qual é o caminho para Madison memo???”, poxa a gente queria tanto ir para a Madison que a gente esqueceu de descobrir o caminho, é muita bananagem, meu Deus. Mas ai com um achismo de cá, um achismo de lá, CONSEGUIMOS, pegamos a estrada, a estrada ERRADA!!! =/



É isso ai, pegamos a estrada errada, já começamos bem a nossa viagem, mas tudo bem, percebemos minutos depois que tinhamos saídos da cidade e com muito custo, o piloto aqui fez um cangaleitãozinho básico no meio da pista e peguei a pista correta (para os leigos que não conhecem o que é um cangaleitãozinho básico, esta é uma manobra super radical e de extremo perigo, onde a pessoa que está fazendo o cangaleitãozinho básico faz o retorno com o carro e pega a pista certa). Pronto, Madison here we gooooo (aqui vamos nósssss).

A viagem foi super tranquila e bem divertida, fomos conversando bastante, o Milton fazendo os seus intermináveis vídeos dele mesmo, onde ele tenta filmar a paisagem, mas eu acho que a mão dele tem algum imã voltado para a sua face que ele fala assim para a camera (é claro que com ela voltada para ele): “Agora eu vou mostrar para vocês o caminhão passando”, ai ele vira a camera para o caminhão em 10 milésimos de segundo e quando a camera começa a focar o caminhão ele retorna para seu rosto e fala: “Bom, como vocês viram o caminhão é gigante” (e na verdade a única coisa que a gente conseguiu ver até agora foi um vulto e o rosto dele, auhauauhauhauhaua, é banana de mais), mas voltando, o Milton com seus videozinhos e assim fomos nós, com muito custo e nos perdendo umas 2 vezes na entrada da cidade, conseguimos adentrar Madison. Bom, foi no começo né, a gente olhava, olhava e falava: “Cadê Madison? A placa ali atrás falou que a gente estava aqui”, uahauhauaha, e a cidade não aparecia, mas em poucos minutos, a gente chegou e o sorrisão apareceu no rosto da galera, ai é foto aqui, videozinho do Milton mostrando ele mesmo dali e a gente vai vivendo naquela felicidade.





Paramos num posto de Gasolina para perguntar instruções e eu vi lá nada mais nada menos que o MAIOR copo que eu já tinha visto em TOOOOODDDDAAAAA minha vida, auhauhauuahaa, fiquei impressionado, eu tinha que conseguir um copão daquele e é claro que eu não queria pagar. Eu sei que aqui nos EUA a gente ganha água de graça em todos os lugares, então o que eu fiz? (lembram que sou super esperto né? Heheheh) joguei aquele charme charmoso (auhauhauhua) para cima da mexicana que tava no caixa e falei que tava morrendo de sede e que não tinha dinheiro, do jeito que eu falei acho que ela pensou que eu estava a 10 dias preso em algum deserto sem ver água esse tempo todo, auhauahua, e falei que gostaria muiiiiitttttooooooo de pegar um copo dágua daqueles. Ahhhhhh, dito e feito, sai de lá felizão da vida com o copão na mão cheio de água, os meninos no carro morreram de inveja e eu tenho agua dentro do copo até hoje, já tem 4 dias que a gente fez a viagem, auhauahuhauh.



Fomos para um shopping e estamos lá vendo as coisas e sonhando comprar todo o shopping para a gente que de repente a gente ve um cara se aproximando e parando o Milton, a princípio fiquei até preocupado com aquela abordagem dele, chamando o Milton e mostrando um monte de coisas, foi ai que eu percebi, o cara tava tentando vender os cosméticos para o Milton, uahuahuahauah, eu e o Bruno quase morria de rir, o cara foi infeliz de maisssss, porque o Milton ele pisca e o olho dele aparece: Save Money (economizar) e o cara escolheu justo o Milton para tentar vender o produto, se fosse o Bruno o cara tinha conseguido vender toda a barraquinha para ele, mas para o Milton e para mim, coitado, é clarroooo que o cara fez todas as amostras dos produtos, falou que tinha uns produtos lá que era free e tal, resumindo, o Milton queria levar só os free, os que tinha que pagar ele nao queria não, auhauaauha, mas é claro que os free era só se ele comprasse o outro produto fulano de tal, auhauhauuahau, resultado, o Milton fez tratamento para a pele dele por um mês lá com o cara, experimentando todos os produtos e ele não levou nada, auhauhauuhaa, foi muito engraçadado, eu e o Bruno quase morríamos de rir.
Foi neste meio tempo que o Milton estava distraído com o cara dos cosméticos, que o Bruno e eu estávamos lá olhando umas loja e conversando em português que a gente escuta uma voz atrás da gente: “Vocês são brasileiros???”, uhuahuahhaua. Resultado, conhecemos mais dois brasileiros que moram lá em Madison e são muito gente boa, conversamos um tempão com eles, almoçamos juntos e eles foram dar as dicas para a gente do que fazer em Madison e tal. Foi muito bacana porque eles deram todo um apoio para a gente, nos deu dicas e tal e de lá a gente já saiu encaminhado para irmos no lago congelado, no Capitólio e de lá para outros lugares, além é claro de ja ter ficado um convite para quando retornarmos em Madison fazermos uma visita para eles.







Eles nos acompanharam até o lago congelado, e gente, acreditem, é um lago inteirinho congelado, auhauahuhauha. É impressionante, a camada de gelo é muito grande, e é claro que brasileiros perdidos vendo algo diferente, tem que pegar, tocar e neste caso, andar em cima, e lá vamos nós. Vimos umas pessoas pescando no gelo, igual vemos em filme, abrindo aqueles buracos no meio do lago, colocando a cadeirinha e pescando num buraquinho no meio do gelo, é muito interessante. Outra coisa que não preciso ressaltar é como o gelo parece sabão né, e é claro que a gente ficou lá brincando de deslizar parecendo menino quando ganha brinquedo novo, e desliza para lá, e leva um escorregão de cá, e acha que é o james bond de lá e pode fazer um super-mega-hiper deslize e com esse super-mega-hiper deslize o que acontece, é claro que o banana aqui que parece que não tem equilíbrio vai para o chão. É foda, levei um escorregão daqueles e repito, que gelo duro e gelado, minha bunda ta doendo até agora, é foda!!!









De lá fomos para o Capitólio, muito bacana, interessante, bem rústico, o desenho e o estilo bem colonial, um lugar bem interessante de se conhecer. Fomos em várias salas, onde tinha porta e tava destrancada a gente foi entrando e tirando foto e conhecendo, aquela beleza, ehuheuheuhe, foi bacana.

De lá fomos na Best Buy, a qual é um lugar de eletrônicos gigannnnnnttttttteeeeee, tudo de tecnologia e com bons preços você encontra lá. Vai um conselho: NUNCA, NUNCAAAAA vão lá sem dinheiro, é pior que tortura com choque elétrico, a gente fica num mundo de televisões, computadores, videogamos, sons, tudo, tudo que você imaginar de teconologia tem lá, a gente saiu de lá babano, com a promessa de voltar e comprar metade da loja, o único detalhe é que para isso acontecer a gente só precisa de uns 100 anos trabalhando, auhuahuahuahau.



Bom, no mais foi só isso, terminamos nosso passeio por Madison na Best Buy, atravessamos a cidade, só nos perdemos mais uns 4 ou 5 vezes, achamos o caminho e voltamos para casa. Foi um dia muito bacana, de muitas visitas e muitos lugares interessantes e com um gostinho de quero mais, provavelmente não vai demorar muito acontecer a nossa próxima viagem, dai eu conto para vocês.

No mais é só isso.

Aquele abraço e até a próxima.

Tomando Umas e Falando Inglês

Bom, hoje eu vou falar de uma “festinha” que aconteceu aqui em casa ao acaso no último sábado.

Na verdade não foi uma “festinha”, foi só uma cervejada que eu e o Renato tomamos, mas a noite foi muita divertida, então eu não posso deixar de relatar para vocês.

Tudo começou ao acaso, o Renato comprou uma cervejinha e veio aqui para casa para a gente decidir o que fazer no sábado a noite, pois apesar das opções não serem muitas a gente tava querendo fazer algo diferente.

Colocamos nossa cerveja no freezer (imagem abaixo) e começamos a bater aquele papo alegre e descontraído. Geralmente nossas conversas giram em torno das conversas normais masculinas + melhorar a falar o tão terrível inglês. Foi nesse papo que esse meu amigo teve a “incrível” idéia de convidar minha ilustríssima roommate, a Valéria, para sentar com a gente lá e conversar, pois desta forma forçaria a gente a usar o inglês.


A Valéria é uma garota from Chile (uhauhauhaua, chilena) que está dividindo está casa com a gente. Ela tem 19 anos, é bem baixinha, magrinha, tem os dentes no lugar (não é aquela perfeição, mas está bom, ehehhe) e fala o inglês muito bem, além de falar espanhol (é claro). Ela é uma pessoa meio de lua, tem dias que está bem e tem dias que está uma arara, ai vocês imaginam né, eu não aguento ficar sem pegar no pé, ai essa casa aqui quase que vai para baixo. A gente até já conseguiu ter umas conversas sérias (em inglês, olha que chique, ehuahuhaa) onde ela falou para mim que realmente é muito estressada e tal. O grande fato que eu acho interessante é que ela sempre quer ser a melhor e gosta de dar uma de esperta que enche o saco, mas tudo bem, estamos aprendendo a lidar com isso.

Bom, o importante é que neste dia ela PARECIA estar bem e sentou lá com a gente e começamos aquele papo esperto.


Cerveja vai, a vergonha vai embora, o inglês vai melhorando e ela começa a dar uma de que é a boazona, ahhhhh, mas é claro que eu não vou deixar passar, na primeira bobeira que ela deu eu já convidei a galera para brindar a sua esperteza. E essa menina já começou a ficar brava comigo e um pegando no pé do outro e o Milton só fazendo vídeo e ficando doido com as nossas conversas, foi muiiiiitttoooo engraçado. Teve um momento que ela quase avançou em mim, mas contornei a situação e depois ela ficou de boa. Mas o bacana desta história não é nem a briga ou a Valéria ou outras coisas, o bacana de tudo é que eu descobri um excelente método de melhorar o inglês: brigando com a Valéria, não tem escola melhor, uahauhauhauaah, o inglês sai que é uma beleza. Então vai ai a dica, se você quer aprender inglês, brigue com alguém que fala inglês, é o melhor método, auhauhauhauha.



No mais esta noite foi só isso, ela quase me bateu, subiu resmungando e de bicão e eu e o Renato quase morremos de rir, tomamos todas e falamos inglês a noite toda, quer coisa melhor. Acho que só outro dia igual a este, uahuahuhaa, talvez final de semana que vem agora tem mais.


Depois conto para vocês.

Bom, é isto!!

Bjos e Abraços para os respectivos!!!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Um Natal e Um Reveillon Brasileiro em Terras Americanas

Olá queridos amigos!!!

Mais uma vez não consegui manter a promessa de relatar como tem sido os meus dias aki em Dells. Me desculpem. Mas realmente minha vida aqui tomou um agitação que praticamente não ando tendo tempo para mais nada. Bom, mas apesar de já ter alguns dias, vou tentar relatar a respeito do meu Natal e Reveillon aqui. Acho que pela primeira vez na minha vida, aquele espírito natalino não apareceu. É algo estranho, mas aqui, como eu já disse antes, a vida passa e parece que a gente não percebe, ela simplismente acontece. Já faz quase dois meses que estou pisando em solo americano e não vi o tempo passar.

Mas voltando ao Natal. No dia 24, eu passei o dia com o mexicano arrumando o carro e a noite eu fui para o Pine Aire Motel para celebrar a Ceia de Natal com os brasileiros que lá residem.

Sai daqui de casa já era umas 11:00 da noite, no possante Mexican Car e fui bater lá no Motel. Chegando lá fui muito bem recepcionado pelo pessoal, como sempre, e tive uma surpresa maravilhosa que eu não esperava. A nossa ceia seria co
mida brasileira. Puta que pariu, imaginem o sorrisão aperecendo no rosto quando eu cheguei lá e vi um fogão improvisado dentro do banheiro e uma panelona de strogonoff de camarão e arroz, ambas sendo pilotadas pelo meu brother daqui Juliano.

O Juliano é um cara que eu conheci na primeira noite que eu tomei uma cervejada com a galera lá e foi um cara que já ficamos amigos. Ele é um estudante de Odontologia em Araçatuba-SP, é estatura median
a (não vou falar que ele é baixo para ele não brigar comigo depois heim, então ele tem estatura mediana, ehehhehe), moreno, cabelos pretos, dentes no lugar e muito, muito gente boa, além de gostar de uma festar e viajar, poxa o cara é parceiro de longe, ehehehehe.

Bom, mas voltando ao natal, quando cheguei no quarto tinha uma galera lá, uns 15 brasileiros (as), todo mundo bebendo e batendo um papo e é nessas horas que a gente vê que o mundo é pequeno mesmo né. Estava lá eu batendo um papo com uma menina carioca e conversa vai, conversa vem, chegamos em uma amiga em comum que mora no RJ, ou melhor que estuda com ela, fiquei chocado na hora. Como diria o Matrix, realmente, estamos todos conectados, uahuahauhaua.

Quando a gente viu estava faltando poucos segundos para a meia-noite e logo depois estávamos celebrando o Natal. Muitos beijos, abraços, Feliz Natal, massssss vamos ao que interessa a todos. Que comida maravilhosa, que strogonoff de camarão ótimo, que coisa boa, pela primeira vez depois de quase 45 dias aqui, eu estava sentindo o gosto de uma comida de verdade, a gente olhava um para o outro e ninguém queria conversar mais, só comer, comer, comer, o povo parecia que nunca tinha visto comida na vida, tava todo mundo maravilhado com aquele sabor, auhauahua, era quase um orgasmo coletivo, auhauhahauhuahuaha. Foi muito bacana. O Juliano está de parabéns, pois seu strogonoff de camarão com arroz empapado estava delicioso. O restante da noite ai vocês já sabem né, brasileiraiada junto vira festa na hora, pensem num povo bêbado, dançando e pulando em cima das camas, a farra foi ótima na certa.

No outro dia eu levanto, com aquela ressaca parecendo que um caminhão passou em cima de mim e já vem logo o Bruno curtindo com minha cara que o Papai Noel tinha passado aqui, auhauhauhauha, e que meu presente estava na árvore de natal. Fui lá e realmente tinha um presente para cada um de nós lá. O Subway lembrou da gente, olha que legal. Cada um recebeu um presente fantástico (um bichinho que até hoje eu não descobri para que serve), um cartão com uma nota dentro (não preciso nem dizer que o melhor de tudo foi a nota né, mas o valor eu não conto, auhauhauhau, sou muito mal, vocês esqueceram?? Auhahuahaa). O restante do dia, foi a gente aqui em casa, descansando, falando besteira e brincando com os bichinhos super divertidos que a gente ganhou, vocês até imaginam né o tanto que foi legal, auhuahauahuahua.


Mais dias vieram, mais trabalhos subwayanos, hehehee, aquela rotina normal de sempre e nem parecia que estávamos próximos do Reveillon. Às vezes eu me pegava pensando como seria se fosse no Brasil como seria meu Reveillon no Brasil, pois não sei se é porque estou numa cidade pequena onde a vida anda de uma maneira mais devagar que os dias passavam e as pessoas nem tocavam no assunto Reveillon, festa, virada, nada, era algo absolutamente normal igual um dia qualquer do mês de Março por exemplo. Poxa, eu estava super animado, absolutamente doooooiiiiiiidddddooooo para fazer alguma coisa e ninguém falava nada, até a brasileiraiada tava perdida, todo mundo trabalhando, tocando sua vidinha normal e 2009 estava chegando e parecia que já ia nascer morto, anão, eu tava revoltado com isso.

Mas no dia da virada, depois do trabalho, entrei em contato com a galera do Pine e todo mundo falou que a festa ia rolar era por lá mesmo, depois a galera iria para alguma boate ou coisa assim. Dito e feito, brasileiraiada reunida, Pine Aire lotado, cachaçada, mulherada, festa e só alegria. E foi por lá mesmo que as coisas aconteceram. Todo mundo reunido, só faltou a polícia aparecer lá, porque o dono do Pine já iniciou o ano arrancando os poucos cabelos que tinha de tanta raiva que ele passou com a galera pulando, gritando e festejando a chegada de 2009 e, é claro que eu não ia ficar longe desta festa né, uahauhauhuaa, entrei na gandaia e assim foi o início de 2009, com uma boa festa brasileira, mas também com alguns planos e metas traçadas e com um objetivo bem comum entre eles.

E assim foi dada a largada para o ano de 2009, com muita alegria, com um certo companheirismo, com novas amizades, em uma nova terra, com uma nova vida, num novo mundo. E assim iniciou o meu ano, que seja um ano repleto de alegria para todos, com muito sucesso e tudo de melhor!!!

Vem em mimmmmm 2009!!! =)