quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A saudade do Brasil as vezes aperta, não sabia que isso acontecia.

São exatamente 23:31 do dia 18/11/2008, uma terça feira normal aqui em Wisconsin Dells (EUA) (no Brasil 03:31 do dia 19/11/2008, quarta-feira). Estou a mais de uma hora vendo TODAS as fotos que tenho no meu Note e é engraçado, junto com as fotos vem uma saudade tão grande, tão enorme que é de se estranhar. Como o fato de estar longe de casa pode afetar tanto o nosso psicológico, nossos sentimentos, a gente como um todo.

Morei sozinho dos meus 15 aos 23 anos, 8 anos sozinho em Goiânia, deixei de ser menino para ser jovem e posteriormente adulto e todos esses anos sozinho e acho q nunca me senti como tenho me sentido agora, COM SAUDADES, SENTIMENTO DE FALTA DE ALGO.

Todos esses anos fora de casa, morando longe dos meus pais em Goiânia me serviram como uma verdadeira escola, passei por N situações inesperadas em que eu simplesmente precisava me virar e resolver, e assim eu sempre fiz, sem hesitar, sem ter medo de nada, sempre encarei todas as situações que me foram propostas. Digo que minha vida foi nesta época um conto de fadas, pois eu acreditava que não tinha problemas e que tudo era um mar de rosas, e realmente foi, living the dream baby, living the dream.

De uns tempos para cá as coisas se tornaram diferentes, o mar de rosas se foi, as responsabilidades bateram, a idade hoje também é algo que acaba me preocupando. Poxa, não sou mais um menino que não tinha preocupações e simplesmente vivia, como um sonho, aproveitava cada dia como se fosse único e como se não fosse existir amanhã. Hoje sou adulto, sou homem e tenho que ser responsável, as vezes mesmo sem querer, mas é preciso, que saudade da minha adolescência, que saudades.

Revendo as fotos eu revivo os momentos, que bons momentos, que fase, que vida. Acredito ser um privilegiado, privilegiado por ser um cara que tem amigos, que tenho família, que tenho uma boa vida. Nunca passei por dificuldades na vida, e mesmo assim os ensaios de dificuldades que tive sempre encarei numa boa, talvez seja por isso que digo que nunca sofri, pois, afinal de contas, a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional já dizia Drummont.

Mas vou voltar as lembranças, pois foram as lembranças que me fizeram escrever estas palavras. Estou aqui revivendo 2004, 2005, 2006, 2007 e finalmente 2008, poxa, cada ano com sua particularidade, cada ano com sua história, cada ano com seu crescimento, poxa, que vida.
A gente quando é jovem sempre fala que tal ano foi bom, tal ano foi ruim e tal ano foi o melhor de todos. Eu mesmo sempre falei isso, mas hoje não sei se isso é mais verdade, porque, poxa, cada ano é idiossincrático como diria minha amiga Rose, cada ano tem uma lembrança e uma marca diferente, cada ano nos serve para crescermos mais e mais, adquirirmos mais experiência e simplesmente sermos o que somos hoje. Eu sou o que sou devido a soma de todos os anos, independentes se foram ruins ou não, você ai que lê estas palavras, também.

As vezes a gente reclama tanto do tempo, como sendo algo ingrato, como sendo algo as vezes ruim. Mas se pararmos para pensar, estamos equivocados, completamente errados. O tempo nada mais é que a maior dádiva que Deus nos deu, o tempo é o que nos faz existir, é o que conta nossa história, é a maior prova da nossa existência.

Voltando as lembranças. Poxa, quanta coisa já vivi e nunca parei para pensar nisso, revendo as fotos eu vejo e penso nesta época. Época de faculdade, que fase boa, saudade das meninas todas juntas, copo sujo na segunda, mangueiras na terça, visita a lugares diferentes, bate-papos nas escadas, choros, risos e aula que é bom nada. Junto com esta época teve os shows em Caldas Novas, as boates as quintas, sextas e domingos, os bares todos os dias da semana, os cinemas na segunda, as viagens de um mês inteiro em julho, reuniões até tarde, conversas com amigos e mais um monte de coisas. Que fase boa, que vida boa, e eu nem tinha me tocado por isso. Obrigado SENHOR. Realmente, tenho que agradecer ao tempo, a história e as lembranças, o que seria de mim sem elas, seria alguém sem história? Seria alguém sem vida!

Hoje estou aqui, numa cidade estranha, com pessoas estranhas, com uma língua estranha. Puxa, sou um homem sem história aqui, e realmente o que seria de mim agora sem minhas fotos, sem minhas lembranças, sem minha história, com certeza eu seria um nada, eu seria um nada.

2 comentários:

Ricardo disse...

FALA MURILÃO!!!! Estou lendo aos poucos, muito bacana!

Depois te acho no msn pra te posicionar da minha posse na CEF.

Abraços e boa sorte aí!

Bicudo.

Gabriel Ferreira disse...

vELHO TAMBEM ESTAMOS COM SAUDADE NAO VE MUITA FOTO NAO
SE NAO PIORA Velho e o ano de 2008 vai ser marcante e 2009 inesquecivel....